29.11.07
sobre o barão de ausenthal (3): as cicatrizes.
(...) Ausenthal olhou fixamente o corpo morto de Vasil Rosmanov, gravando na memória a última expressão da cara deste. Teve a nobreza de lhe fechar os olhos. Depois, deixou o Barão cair um breve instante de insignificante comoção. Recomposto e após uma pensativa pausa, do alto grave da sua voz sairam-lhe as seguintes palavras, metáfora sublime de todas as vidas, repetidas com profundíssima convicção:
- Todos somos feitos de cicatrizes. Todos somos feitos de cicatrizes.
Xavier Quaresma: A Desventurada Vida do Preclaro Barão de Ausenthal, 1901, ed. do Autor, página 161.
- Todos somos feitos de cicatrizes. Todos somos feitos de cicatrizes.
Xavier Quaresma: A Desventurada Vida do Preclaro Barão de Ausenthal, 1901, ed. do Autor, página 161.